Janeiro/2022
Hoje, 17 de janeiro de 2022, as crianças brasileiras de 5 a 11 anos começam a ser vacinadas contra a Covid-19. O Brasil tem tradição em vacinação infantil. Ela foi responsável pela erradicação da varíola e da paralisia infantil (poliomielite) no país. E desde os anos 1980 temos um personagem-símbolo da vacinação – o Zé Gotinha -, que ganhou o carinho da população e, em especial, das crianças.
O Zé Gotinha foi criado em 1986 pelo artista plástico mineiro Darlan Rosa, então funcionário de um setor de publicidade do Ministério da Saúde, com especialidade em ilustrar rótulos, adequar a linguagem da saúde para o público leigo e produzir imagens que pudessem ser compreendidas por todos.
Conheça a história do Zé Gotinha:
No artigo Vacinas e campanhas: as imagens de uma história a ser contada (HCS-Manguinhos, vol. 10, supl. 2, 2003), Ângela Pôrto e Carlos Fidelis Ponte contam que em 1993, para comemorar os vinte anos do Programa Nacional de Imunizações (PNI), o Zé Gotinha virou a marca das campanhas de multivacinação.
“O personagem foi construído sobre o mito do herói, que triunfará contra todos os males, as doenças. Sua imagem foi fartamente utilizada em campanhas locais, assumindo as características das populações, como, por exemplo, em campanhas do Nordeste, em que Zé Gotinha aparece como cangaceiro”, recordam.
Os autores explicam que a comunicação de massa difundindo a importância de se vacinar contra várias doenças passou por uma série de inovações, sobretudo após o advento dos dias nacionais de vacinação contra a poliomielite, instituídos em 1980.
No artigo, são reproduzidas imagens que integraram uma exposição inaugurada em 1994, intitulada “A Revolta da Vacina: da varíola às campanhas de imunização”, que traçava as trajetórias das políticas de imunizações implementadas pelo Brasil ao longo do último século. São charges, caricaturas e fotografias que retratam momentos distintos da história das políticas de imunizações implementadas no país ao longo do século XX.
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Leia na revista HCS-Manguinhos:
Vacinas e campanhas: as imagens de uma história a ser contada, artigo de Ângela Pôrto e Carlos Fidelis Ponte (HCS-Manguinhos, vol. 10, supl. 2, 2003)
