Após a publicação de A origem das espécies (Darwin, 1859) e a decorrente adesão de grande parte da comunidade científica ao evolucionismo, os trabalhos paleontológicos proliferaram, voltando-se para a elaboração de genealogias que representassem a história da vida na Terra. Alguns paleontólogos, como Edward Drinker Cope (1840-1897), interpretaram haver padrões no processo evolutivo que poderiam apontar para a existência de outros mecanismos evolutivos operando. Na tentativa de evidenciá-los, Cope propôs hipóteses e teorias baseadas em distintos mecanismos evolutivos que, segundo ele, poderiam explicar melhor a existências dos padrões que ele via ocorrer durante a evolução. Dessa maneira, ele formulou sua teoria neolamarckista, propondo alguns mecanismos evolutivos alternativos à seleção natural, fundamentados em ideias adaptacionistas.
No artigo O neolamarckismo de Edward Drinker Cope e a ideia de progresso biológico no processo evolutivo, publicado em HCS-Manguinhos (vol.24, no.4, out./dez. 2017), Felipe Faria, professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina, esclarece o posicionamento de Cope em relação à questão. “Ao enfatizar a adaptação como o mais importante fator evolutivo, inclusive como indutor da oferta de variações, Cope contribuiu para a abertura do caminho para o enfoque adaptacionista da atual biologia evolutiva, mesmo que negando o papel central da seleção natural”, afirma o autor.
Leia em HCS-Manguinhos:
O neolamarckismo de Edward Drinker Cope e a ideia de progresso biológico no processo evolutivo, artigo de Felipe Faria (vol.24, no.4, out./dez. 2017)
Como citar este post:
O neolamarckismo de Edward Cope e a ideia de progresso biológico no processo evolutivo. Blog de História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 2018. Publicado em 14 de março de 2018. Disponível em http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/o-neolamarckismo-de-edward-cope-e-a-ideia-de-progresso-biologico-no-processo-evolutivo/