Dezembro/2018
“Psicanálise versus psiquiatria”, “inconsciente versus cérebro”, oposições clássicas entre diferentes perspectivas sobre o ser humano e o sofrimento mental. Velha controvérsia de começo dos anos 1960 que surge com o início da biologização da psiquiatria e que é reativada, a partir da década de 1980, com a publicação da terceira edição do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-III), considerado um dos principais fatores responsáveis pela internacionalização do modelo americano.
No artigo Psicanálise e neurociências: contornos difusos? Notas em torno da noção de plasticidade cerebral, publicado nesta edição de HCS-Manguinhos (vol.24, supl.1, 2017), Maria Jimena Mantilla, pesquisadora do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas / Instituto de Investigaciones Gino Germani / Universidad de Buenos Aires, reflete sobre as formas em que novas ideias a respeito do cérebro favorecem uma aproximação entre a psicanálise e as neurociências.
Segundo a autora, a passagem da psicologização à cerebralização permite a coexistência da mente ou da psique com o cérebro, ao mesmo tempo que colabora para criar a ideia de que a identidade pessoal se “ancora” no corpo, especificamente no cérebro.
Leia em HCS-Manguinhos:
Psicanálise e neurociências: contornos difusos? Notas em torno da noção de plasticidade cerebral, artigo de Maria Jimena Mantilla (vol.24, supl.1, 2017)