Grandes epidemias são tema de exposição em São Paulo

Maio/2015

 

Representação de médico medieval com roupa de proteção contra vírus. Foto de divulgação.

Será aberta na quarta-feira, 13 de maio, no Museu de Saúde Pública Emílio Ribas, em São Paulo, a exposição “As grandes epidemias”, que conta a história de doenças como Aids, meningite, peste bubônica, varíola e gripe. O objetivo é informar e dialogar com o público visitante sobre como funcionam os processos de transmissão, adoecimento, prevenção, tratamento e a cura das doenças.

A exposição, que deve ficar até o fim de 2015 no Museu, demonstra a complexidade que envolve a pesquisa científica desde a identificação e descrição das doenças até a produção de vacinas e medicamentos e aborda as políticas públicas e campanhas de saúde, os impactos sociais, políticos e demográficos causados pelas epidemias. Atividades educativas, lúdicas e debates serão promovidos para o público.

No dia 13, às 10h30, será realizada a mesa-redonda “Epidemias: pesquisa, políticas públicas e história”, seguida pela abertura da exposição, às 12h30.

Concebida em 2010 pelo pesquisador Isaias Raw para o Museu de Microbiologia do Instituto Butantan, onde esteve montada até o final de 2014, a exposição recebeu algumas novidades, como as representações de um médico medieval e de um médico contemporâneo com suas roupas de proteção contra vírus, equipamentos usados para vacinação e documentos históricos importantes para o desenvolvimento da saúde pública em São Paulo.

O Museu de Saúde Pública Emílio Ribas está instalado na mesma construção que abrigou o antigo Desinfectório Central de São Paulo, na Rua Tenente Pena, no Bom Retiro. Fundado em 1893, o órgão foi responsável por desencadear ações de prevenção e combate às epidemias que afligiram a capital no fim do século XIX, como a febre amarela, a peste bubônica e a varíola. Em 1965, passou a abrigar o museu.

Também está em cartaz no Museu, até 25 de junho, a exposição “A Saúde no Brasil Colonial”,  baseada no livro A Saúde no Brasil, da historiadora Sônia Maria de Freitas.

Programação:

“As Grandes Epidemias”
Inauguração: 13 de maio
10h30: mesa-redonda “Epidemias: pesquisa, políticas públicas e história”
12h30: abertura da exposição

Funcionamento do Museu:
De terça a quinta-feira
Visitas espontâneas: das 10h às 16h.
Visitas agendadas: das 10 às 15h (orientações no site www.butantan.gov.br)
Museu de Saúde Pública Emílio Ribas
Rua Tenente Pena, 100, Bom Retiro, São Paulo – SP.
museuer.ib@butantan.gov.br
Tel. (11) 26273880

Leia em HCS-Manguinhos:

Almeida, Maria Antónia Pires de. As epidemias nas notícias em Portugal: cólera, peste, tifo, gripe e varíola, 1854-1918Hist. cienc. saude-Manguinhos, Jun 2014, vol.21, no.2

Nascimento, Dilene Raimundo do and Silva, Matheus Alves Duarte da Não é meu intuito estabelecer polêmica”: a chegada da peste ao Brasil, análise de uma controvérsia, 1899 . Hist. cienc. saude-Manguinhos, Nov 2013, vol.20, suppl.1

Chambouleyron, Rafael et al. ‘Formidável contágio’:epidemias, trabalho e recrutamento na Amazônia colonial (1660-1750). Hist. cienc. saude-Manguinhos, Dez 2011, vol.18, no.4

Tagüeña, Julia. Los museos latinoamericanos de ciencia y la equidadHist. cienc. saude-Manguinhos, 2005, vol.12

Souza, Christiane Maria Cruz de. A gripe espanhola em Salvador, 1918: cidade de becos e cortiçosHist. cienc. saude-Manguinhos, Abr 2005, vol.12, no.1