Gilberto Hochman analisa atuação da Fundação Rockefeller no Brasil durante a Guerra Fria

Novembro/2018

A atuação da Fundação Rockefeller no Brasil entre 1952 e 1962, período marcado pelas prioridades de modernização da educação pela fundação, pela experiência democrática brasileira e pela Guerra Fria, será o tema da apresentação do professor e pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) Gilberto Hochman no próximo Encontro às Quintas, em 29/11, às 10h. O evento é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da COC e acontece no Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS) da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio
De acordo com Hochman, os funcionários norte-americanos e brasileiros do escritório da Fundação Rockefeller no Rio de Janeiro avaliavam rotineiramente solicitações de financiamento de programas, instituições e bolsas de estudo. “As decisões locais eram informadas por critérios técnicos, mas também por dinâmicas nacionais e internacionais que articulavam interesses, ideias, normativas e demandas provenientes de diferentes atores nos EUA e no Brasil”, explica.
Com estudos na área da saúde global e nas relações entre saúde, democracia e desenvolvimento, o pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz afirma que o anticomunismo, como ideologia e política, foi um fator primordial de conexão entre vários desses atores e dinâmicas. Com base em fontes arquivísticas dos EUA e do Brasil, Hochman adota a perspectiva de localização da Guerra Fria como um processo ao mesmo tempo global, nacional e local e discute como a filantropia americana participou desta “guerra” a partir de seu escritório no centro do Rio de Janeiro.
Encontro às Quintas
Coordenação: Tânia Salgado Pimenta
Convidado: Gilberto Hochman
Data: 29/11
Horário: 10h
Local: Salão de Conferência – Prédio CDHS
Endereço: Av. Brasil, 4365 – Manguinhos (Rio de Janeiro-RJ)
Informações: (21) 3882-9095 | E-mail: historiasaude@coc.fiocruz.br
Fonte: Casa de Oswaldo Cruz
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“É muito importante esta oportunidade de alcançar um público mais amplo num momento de críticas e ataques aos sistemas de proteção social no Brasil e também em vários outros países”, afirma o autor