Encontro às Quintas traz discussão historiográfica sobre a proibição de substâncias psicoativas nos EUA

Maio/2015

Henrique Soares Carneiro

Henrique Soares Carneiro

No Encontro às Quintas de 28 de maio, o historiador Henrique Soares Carneiro aborda a gênese dos movimentos e políticas proibicionistas de certas substâncias psicoativas no contexto contemporâneo. Tal processo teve início no século 19 como parte de uma atitude religiosa abstencionista, imposta como política pública.  O evento acontece às 10h na sala 401 do prédio da Expansão, no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio.

De acordo com Carneiro, um período de intenso debate sobre o abstencionismo estendeu-se da elaboração da lei de proibição do álcool no Maine (EUA), em 1851, até a constituição do acordo de Haia de 1912, referente ao ópio, e a aprovação da Lei Volstead em 1919, que proibiu o álcool nos Estados Unidos. Em sua apresentação, Carneiro apresentará os debates historiográficos relativos à proibição no país norte-americano, defendida por setores evangelicalistas, industrialistas e até feministas. Doutor em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), o pesquisador também discutirá alguns reflexos desse debate no Brasil do início do século 20. Carneiro é autor do livro Bebida, abstinência e temperança na história antiga e moderna (2010), e de artigos como Comida e sociedade: significados sociais na História da Alimentação (2005), As plantas sagradas na história da América (2004), e O saber fitoterápico indígena e os naturalistas europeus (2011).  Atualmente é professor de História Moderna na USP. Serviço Encontro às Quintas Coordenação: Maria Rachel Fróes da Fonseca Data: 28 de maio de 2015 Horário: 10 horas Local: sala 401 do Prédio Expansão | Avenida Brasil, 4036 – Manguinhos, Rio de Janeiro – RJ Mais informações: (21) 3882-9095 e historiasaude@coc.fiocruz.br Fonte: Casa de Oswaldo Cruz Leia no Blog de História, Ciências, Saúde – Manguinhos: Cultura cocaleira e saúde indígena Ivan Barreto destaca papel dos psicólogos na reformulação de políticas sobre o uso da folha de coca no Brasil. Guerra às drogas: a que custo? O historiador Paul Gootenberg vê com bons olhos as novas políticas de descriminalização na América Latina. Livro discute as drogas no Brasil Publicação reúne artigos de especialistas de diversas áreas. Leia em História, Ciências, Saúde – Manguinhos: O uso da folha de coca em comunidades tradicionais: perspectivas em saúde, sociedade e cultura – artigo de Ivan Farias Barreto