Janeiro/2015
Chamada de “Suíça brasileira” por seu clima ameno até no verão, a cidade paulista de Campos do Jordão é sonho de consumo para muita gente que anda sofrendo com o calor. Localizada no maciço da Serra da Mantiqueira a cerca de 1.600 metros de altitude, é a cidade mais alta do Brasil. Em 1926, foi designada “estância climática” por decreto estadual, o que impulsionou o seu desenvolvimento no campo da saúde pública e da higiene, com foco principalmente no tratamento de tuberculosos.
As cidades-estância instituídas no início do século XX são objetos privilegiados para estudar a relação entre as políticas de saúde pública e o desenvolvimento urbano e social. Publicado na última edição do ano de 2014 da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (vol. 21, n. 4, out/dez 2014), o artigo Geografia, saúde e desenvolvimento urbano no interior paulista na passagem para o século XX: Domingos Jaguaribe e a construção da Estância Climática de Campos do Jordão, de autoria de Paula V. Carnevale Vianna, Valéria Zanetti e Maria Aparecida Papali, da Universidade do Vale do Paraíba, analisa os vetores social e institucional envolvidos na criação da cidade-estância de Campos do Jordão a partir da produção e trajetória do médico, geógrafo e empreendedor Domingos Nogueira Jaguaribe Filho. Estudos geográficos, conhecimento médico e preceitos de urbanização se aliaram a interesse privados e desenvolvimentistas na construção simbólica e concreta desta “Suíça brasileira”.
Leia em HCS-Manguinhos:
Geografia, saúde e desenvolvimento urbano no interior paulista na passagem para o século XX: Domingos Jaguaribe e a construção da Estância Climática de Campos do Jordão, artigo de Paula V. Carnevale Vianna, Valéria Zanetti e Maria Aparecida Papali