Patrimônio como direito: livro destaca desafios de grupos historicamente marginalizados

Setembro/2024

Desafios contemporâneos do campo do patrimônio no Brasil, como os vivenciados por atores envolvidos com os novos usos do Cais do Valongo, na zona portuária do Rio de Janeiro, ou pelos quilombolas de Aracati, no litoral leste do Ceará, são discutidos no livro Patrimônio como direito (Editora Mauad X e Faperj), lançado em 19 de setembro de 2024.

Resultado do seminário Patrimônio como direito: criar, fazer, viver, realizado há um ano no auditório do Museu da Vida/Fiocruz, no Rio, o livro aborda lutas associadas a memórias de grupos historicamente silenciados e marginalizados. Em oito capítulos, Patrimônio como direito reúne ainda textos sobre políticas públicas de patrimônio; direitos e desafios das favelas cariocas; usos da memória e disputas em torno de megaeventos; contradições da patrimonialização; e direitos do povo Gamella, no Maranhão. 

A publicação foi organizada por Luciana Heymann, coordenadora-geral do Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Márcia Chuva, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), e Claudia Feierabend Baeta Leal, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

O seminário em 2023 reuniu acadêmicos, militantes de movimentos sociais, gestores públicos e pesquisadores que fazem trabalho de campo junto a comunidades tradicionais. O evento foi realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (COC/Fiocruz), do Programa de Pós-Graduação em História (Unirio) e do Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural (Iphan). 

“Como ficou claro nas apresentações que ocorreram no seminário, algumas delas transformadas em capítulos deste livro, comunidades indígenas e quilombolas, fortemente pressionadas por interesses econômicos, buscam reconhecimento como patrimônio da cultura brasileira como estratégia de sobrevivência e reprodução de seus modos de vida”, escrevem as organizadoras na apresentação do livro. 

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