Novembro/2016
Fidel Castro visitou a Fundação Oswaldo Cruz em 1989, sendo recebido com honras e palmas. A reportagem Manguinhos, um lugar para se conhecer, publicada na Revista de Manguinhos (maio/2005), conta como foi esta visita histórica do então presidente de Cuba: Emoção também não faltou na passagem de Fidel Castro por Manguinhos, talvez uma das visitas mais aguardadas pela comunidade da Fiocruz. A revolução cubana tocou o coração de muitos dos trabalhadores da Fundação. Por isso, a Fiocruz literalmente parou para receber e fazer reverências ao comandante Fidel, como convocava o release distribuído pela instituição à imprensa. A lenda viva estava em Manguinhos. O então presidente da Fiocruz, Akira Homma, recebeu-o lembrando o cientista cubano Carlos Finlay e os estudos sobre o mosquito da febre amarela realizados ainda no século 19 em Cuba e que influenciaram o sanitarista Oswaldo Cruz no combate e controle da doença no Rio de Janeiro nos primeiros anos do século 20. Akira lembrou os avanços que a Revolução Cubana tinha trazido à área social, notadamente nos indicadores de saúde pública, comparáveis aos verificados nos países do Primeiro Mundo. Na recepção a Fidel, em 1989, não estava definido se o líder cubano discursaria ou se limitaria a conversar com os cientistas e técnicos. Mas, depois de muitos autógrafos, palmas, sorrisos e fotos desde que desembarcou em frente ao Castelo, Fidel falou, de improviso, durante uma hora, para um platéia atenta e hipnotizada no INCQS. De pé, trajando o inconfundível uniforme verde-oliva, falou sobre as profundas mudanças verificadas no sistema de saúde depois da revolução, a ênfase na prevenção de doenças através da implantação do programa médico de família na ilha caribenha e a preocupação na formação sólida das equipes de saúde cubanas. Descobrimos pessoas adultas que nunca haviam tomado uma vacina ou estado com um médico”, contou Fidel. A troca e o reaproveitamento de livros entre estudantes de medicina e os investimentos em tecnologia e nas pesquisas em ciência e tecnologia também foram lembrados por Fidel como parte da política de saúde implantada em Cuba. “Tivemos que vencer diferentes obstáculos para implantar nossas idéias na área de saúde”, disse. Ao final da passagem pela Fiocruz, Fidel esteve no Castelo de Manguinhos, ao qual chamou de “uma linda catedral da ciência e da saúde”. Castro também esteve na Fiocruz durante a Conferência Rio-92. Leia no Blog de HCS-Manguinhos: Dossiê em HCS-Manguinhos aborda os desafios da cooperação tripartite Brasil – Cuba – Haiti Leia em HCS-Manguinhos: Meneghel, Stela Nazareth et al. Formação em epidemiologia e vigilância da saúde: Cooperação Tripartite Brasil-Cuba-Haiti. Jun 2016, vol.23, no.2 Gibbon, Sahra. Translating genomics: cancer genetics, public health and the making of the (de)molecularised body in Cuba and Brazil. Mar 2016, vol.23, no.1 Chaple, Enrique Beldarraín. Una batalla ganada: la eliminación de la poliomielitis en Cuba. Set 2015, vol.22, no.3 Peña Puerta, José Manuel González de la, Ramos Carrillo, Antonio and Moreno Toral, Esteban Aportación española a la farmacia cubana decimonónica. Jun 2008, vol.15, no.2 Chaple, Enrique Beldarraín. La salud pública en Cuba y su experiencia internacional (1959-2005). Set 2006, vol.13, no.3
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O dia em que Fidel visitou a Fiocruz
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