Julho/2020
Na década de 1870, o Império do Brasil sancionou a Lei do Ventre Livre (1871) e impulsionou um conjunto de reformas modernizadoras. Em meio à crise do escravismo e no contexto da seca de 1877-1879, proprietários de terra e de escravos, ministros, presidentes de província e representantes do saber técnico teciam planos para o aproveitamento do “trabalho livre” dos retirantes, enquanto estes mostravam uma clara orientação pela economia camponesa.
Ainda no primeiro ano de seca, o engenheiro e abolicionista André Rebouças escreveu e publicou um conjunto de artigos comparando a seca do Ceará com a da Índia britânica, buscando nesta última modelo de administração a ser seguido no Brasil. O tema é explorado no artigo A seca de 1877-1879 no Império do Brasil: dos ensinamentos do senador Pompeu aos de André Rebouças: trabalhadores e mercado, de María Verónica Secreto, professora do Instituto de História/Universidade Federal Fluminense, publicado na atual edição de HCS-Manguinhos (v.27, n.1, jan./mar. 2020).
Leia em HCS-Manguinhos:
A seca de 1877-1879 no Império do Brasil: dos ensinamentos do senador Pompeu aos de André Rebouças: trabalhadores e mercado, de María Verónica Secreto (v.27, n.1, jan./mar. 2020).
Leia também:
A ‘profissão de fé’ dos ‘homens da ciência’ contra as secas
No artigo O mandacaru não floresceu: a ciência positivista a serviço do combate à seca de 1877-1879 (HCS-Manguinhos, v. 25, n. 2, abr./jun. 2018), Paulo Cesar Gonçalves, da Unesp, analisa as propostas científicas que ambicionavam solucionar o problema das secas através da intervenção do engenho humano